domingo, 25 de setembro de 2011

Desenhando: Aleatoriedades

Eri e Pri largadas no "sofá" brincando no TuxPaint.
"Acabaram de organizar a mudança?" Claro que não! XD

Desenhando: Cancela

A última parte não aconteceu, mas a cancela bateu mesmo na cabeça da moça.

sábado, 17 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desenhando: Fazendo amizade


Agradecimentos: Ao professor da Eri por apresentar textos, vídeos e histórias tão encantadoras, a Eri por compartilhar o conhecimento, a Juju que não deixou ninguém dormir depois de ouvir as histórias, e ao Sumô por me lembrar que o Paint existe e pode ser usado para fazer tirinhas.
Comentários: Até que ficou bonitinho e bem parecido com o original. Gostei...

domingo, 11 de setembro de 2011

Antiguidades na gaveta

"Vou-me embora pra Pasárgada, lá sou amigo do Rei..." "Partir, andar, eis que chega aquela velha hora tão sonhada, as luzes de velas acesas.." ...o que tudo faz aqui deste jeito? Acabei de arrumar a sala e está tudo bagunçado de novo! Tome cuidado com os cacos de vidro no chão, os estilhaços podem entrar em seu coração e sangrarem sua alma. Mas no final das contas, perder e ganhar é a mesma coisa, dá tudo no mesmo, porque as lágrimas cobrem teu rosto nesta noite..se tudo se resumisse a isso, era fácil traduzir em palavras..mas tudo é tão maior e mais doido..a alegria não congela o tempo, talvez o faça dissolver entre seus dedos..e ai tudo se esvai, não dá para parar, e nem tem como prendê-lo, porque já escoou pelo ralo do chuveiro..o tempo é impiedoso, mas a medida exata de todas as coisas..ou não! não quero saber se tudo isso levará a lugar algum como se fosse fácil prever o tempo de tudo.."que se danem os nós" "E eu que pensei que eu sabia tudo, mas se é você eu não sei nada..veio a chuva e ficou tudo tão desigual"
Melhor falar com o coração e calar nas palavras, os olhos se encarregam do que faltar..e ai? nada mais mudou ne? Acho que quando acordei e vi que estava no quarto, me dei conta de que talvez não esteja enganada: As ilusões alimentam os sonhos e os sonhos alimentam a vida.
É difícil lidar com a miséria da humanidade e rir da própria ridicularidade! Como somos medíocres..nada ficará deste jeito..mudar dói, cansa, enjoa..e que se danem os nós..

Texto de 2008, encontrado no fundo da gaveta..

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ligações


O despertador tocou, olhou ao redor, não lembrava-se de como tinha ido parar na cama, a última coisa que sabia era que estava atirada no sofá, vendo algum filme antigo que passava na televisão. Estava extremamente cansada,mas feliz por hoje ser um dia tão especial.
 Ainda com preguiça levantou-se e rumou para o banehiro, como desejava não precisar sair da cama desesperadamente todas as manhãs. Tomou um banho rápido e sentiu a fome lhe alcançar,puxando pela memória não havia comido na noite anterior,estava chateada em tal ocasião,sentia-se sozinha e cansada,sem vontade de preparar algo para jantar,deitou-se no sofá e como se não houvesse passado muitos minutos
 Preparou seu café, sentou um pouco na rede, olhando para o sol que estava nascendo tão belo que lhe fez sorrir pelo canto da boca, enquanto comia um pedaço de bolo. Precisava organizar a casa bem rápido, hoje era o aniversário de sua melhor amiga, iriam fazer uma festa surpresa em sua casa, depois que a buscassem no aeroporto. Ela havia passado muito tempo fora, e voltaria hoje!
Com certeza aquela festa a tiraria de seus pensamentos tristes, quando estavam juntas não havia tempo para lamentações, esse tempo era tão pouco que precisavam aproveitar ao máximo. Com esse pensamento levantou-se e anotou na lista de apoio para usar no supermercado que precisava comprar energéticos e outros produtos que facilitassem passar o maior período possível acordadas. 
 Ligou para 4 ou 5 amigas, para confirmar se estava tudo certo com o bolo e as comidas. Saiu de casa apressada, para comprar tudo o que faltava, enquanto ouvia pela décima vez o recado que o namorado deixara na noite anterior em sua caixa postal. Ele estava terminando tudo, assim mesmo, por telefone! Achava aquilo o maior absurdo, tentou digerir todas aquelas palavras tolas sem chorar novamente
Impossível, por mais que soubesse que ele não merecia tais lágrimas era o sentimento de descaso que mais a machucava.Quantos anos haviam passado juntos?Quantas promessas e planos haviam construído?E tudo jogado fora por motivos tão triviais que lhe parecia que tantos anos de convivência não haviam sido sufcientes para criar um laço seguro.Sentindo-se atordoada percebeu quando o elevador parou, saiu rapidamente e topou com Carol, que viera lhe ajudar com as compras. Chorou em seus braços, sabia que naquele momento seria reconfortada, mesmo sem dizer uma palavra sequer. Carol era uma amiga muito querida, desde os tempos do colégio. Foi sua confidente desde as primeiras paqueras, sabia exatamente o que a amiga sentia, só de olhar para ela. Tanto tempo juntas lhes fazia ter uma cumplicidade única. 
Mais calma, sairam em direção ao mercado, podia-se perceber que as festas de final de ano se aproximavam pelo aumento de pessoas que buscavam mercadorias e lotavam o estabelecimento. Após passar pelos corredores e se certificarem que haviam pegado tudo que precisavam foram em direção aos caixas, pagaram, deixaram as compras em casa e rapidamente chegaram ao aeroporto, Luzia logo chegaria, compraram compraram uma cartolina pra fazer um cartaz de boas vindas e foram ao encontro de Helô, Júlia e Flávia no saguão do aeroporto. Quando Luzia chegou, foi a maior alegria, o maior berreiro, todas chorando, rindo, uma mistura de sentimentos enorme, estavam enfim todas juntas de novo, depois de tanto tempo, parecia que eram ainda aquelas meninas que sentavam no fundo da sala para escrever bilhetinhos na aula de matemática que todas detestavam.
Ao retornarem para o carro começaram os problemas daquele dia, não caberiam as seis garotas dentro do mesmo veiculo, alguém precisaria ir de ônibus, ficou decidido que Helô seguiria com o transporte público e dessa forma não precisaria se preocupar em encaixar todas as bagagens dentro do pequeno espaço do porta-malas. Dani aproveitou o momento para ligar em sua casa, pois Luciana estaria lá organizando a festa de Luzia, que nem desconfiava de nada. Júlia resolveu ir com Helô, para não deixar a amiga sozinha. Luzia tinha tantas novidades para contar!Nem sabiam por onde começar, tantos assuntos. Dani desligou o telefone, quando viu uma mensagem do agora ex namorado, dizendo que precisavam conversar.
Carol estacionou o carro ao perceber que a amiga não conseguira conter as lágrimas. Luzia se inteirou do acontecido e antes que qualquer uma pudesse responder, tomou o celular de Dani em suas mãos e respondeu a mensagem marcando um encontro em nome da amiga em um parque próximo a casa dela, pediu para que as outras entrassem em contato com Helo e Julia para que a encontrassem no determinado parque, ficariam escondidas para armar um plano para o rapaz que tanto machucara a amiga, como faziam quando eram crianças com as "rivais" de conquista. Carol sabendo que Luciana ficaria esperando, secretamente enviou uma mensagem para a amiga lhe convidando para a peripécia enquanto ignoravam os pedidos e as negações de Dani que teimava em dizer que aquilo não seria uma boa ideia
Convencida de que não havia mais jeito, Dani sorriu para as amigas, abraçando-as no banco de trás do carro, enquanto iam rumo ao parque. Não sabia o que iria dizer, nem como fazer para controlar seus impulsos, mas tinha certeza de que estava amparada pelas melhores amigas do mundo. 
 Luzia e Carol começaram a fazer planos malucos, Dani sorria entre as lágrimas, sem saber direito se era o melhor jeito de encontrar com Vinicius. Já nem sabia se o amava de verdade, se um dia o amou. Sua cabeça ficou confusa, as amigas perceberam isso, lhe abraçaram mais forte, em silêncio, pois nada mais tinham para dizer, apenas que estariam ao seu lado.
As amigas chegaram ao parque, Luciana já as esperava com os materiaias que Carol havia pedido pela mensagem, tudo encontrado na casa de Dani. Luzia e Luciana se abraçavam e conversavam enquanto as demais enchiam bexigas com água e corante para bolo que colocaram dentro.
 Helô e Julia que haviam chegado a pouco se certificaram de procurar entre as crianças que jogavam ali próximas algumas que gostariam de arremessar bolas no então convidado que chegaria.
 Dani sentada em um canto ria entre lágrimas enquanto via as amigas concentradas na traquinagem, pensou em sentir pena de Vinicius, mas em instantes viu que não encontrava dentro de si algo que incentivasse esse sentimento, a curiosidade de ver o plano daquelas que tanto amava parecia mais interessante
 Vinicius chegou ao parque, Dani estava completamente sem jeito, não sabia o que falar, muito menos o que iria ouvir. As amigas estavam sentadas afastadas, conseguiam acompanhar o casal atras de algumas árvores.Vinicius lhe pedia desculpa pela ligação da noite anterior, tinha sido um covarde, reconhecia, mas não sabia como fazer. Carol, em cima de uma árvore filmava tudo com seu celular, segundo ela, Dani riria desse vídeo daqui a alguns meses.
Ele estava apaixonado por Brenda, sua amiga da faculdade e não sabia como contar a Dani. Dani ficou extremamente brava!E as juras de amor que lhe fazia toda manhã?Era tudo uma enganação?Não poderia ser!Só podia ser!
 As amigas, que acompanhavam de longe, estavam apreensivas, não sabiam qual o melhor momento para entrarem em ação. Viam Vinicius com a cara mais sonsa do mundo, tentando se desculpar, inventando frases aleatórias, e Dani tento uma crise de choro, logo a Brenda??A menina mais atirada da faculdade!!
Carol precisava agir, e rápido!Deu um grito de cima da árvore, para chamar as crianças que estavam prontas para jogar as bolas sujas de barro em Vinícius, enquanto Flávia passava as bexigas repletas de corante para Carol, que atacaria de lá de cima mesmo. 
Luciana e Luzia deram o sinal para as crianças, ao mesmo tempo que Helo, Julia e Flávia escondidas no lado oposto ao perceberem a movimentação também arremessaram suas bexigas, assim que a primeira bola acertou o rapaz Dani se abaixou o máximo que pode para evitar ficar na zona de tiroteio e rapidamente se protegeu atrás da árvore mais próxima.
 O ataque cessou em segundos mas fora o suficiente para Vinicius ficar em um estado deplorável: sujo, colorido, molhado e totalmente enlameado. Em poucos momentos ele percebeu que fora enganado, que ir até ali não passava de uma armadilha.
-Dani, você é mesmo infantil! Como poderia querer ficar com você se a menção do primeiro problema você reage com brincadeiras estúpidas, olha só o meu estado, minhas roupas, como vou entrar no meu carro desse jeito? 
 Pela primeira vez durante aquela conversa a garota não sentiu vontade de chorar, se levantou, saiu de seu abrigo e teve a coragem que acreditava que não possuia para responder a altura.
- "Dane-se você e o seu carro de merda! Você é o maior covarde que já encontrei em minha vida!Não acredito que perdi 5 anos da minha vida namorando com um perfeito estúpido, filhinho de papai que se acha o tal e no fundo é só mais um galinha que acha que pode fazer o que quiser com todas as mulheres. Você não passa de um idiota!um covarde..saia da minha frente!"
 Vinicius saiu, sem responder, sabia que no fundo, ela estava certa, era um covarde!Entrou no carro sem olhar para trás, enquanto Dani corria para os braços das amigas, as mãos trêmulas, os olhos marejados, mas não era de tristeza, e sim de alívio. Sabia que no fundo, o melhor que poderia fazer era curtir seu dia ao lado das pessoas que mais amava em sua vida.
As garotas todas sujas de corante de bolo, lama e bexigas que estouraram antes de serem lançadas se abraçaram e foram tomar banho na casa de Dani, passariam o final de semana ali, comemorando a amizade que as ligava que sempre era mais forte e duradoura.


By: Eri e Pri durante uma loooonga conversa no MSN

Manhã chuvosa

Já era hora de levantar da cama, não sabia ao certo o que faria naquele dia tão frio e chuvoso. Foi até a cozinha, preparar o café e sentar na varanda, para ver a garoa fina que caia lá fora. As gotas de chuva tão leves escorriam pelo vidro de maneira constante e trêmula, como seus olhos agora estavam. Não suportou mais o vazio daquele céu nublado, queria mais, queria ir além. Pegou o telefone, tentou enxergar por entre os olhos marejados, mas nem sabia mais o que estava fazendo. Tudo o que sentia agora era um medo enorme de ter deixado para trás sua vida, seu amor, sua existência.
Passou a manhã deitada, esperando que algo acontecesse assim, de uma hora para outra..mas nenhum sinal de que este dia seria diferente. Quando o telefone tocou, seu coração disparou, mas era apenas mais uma oferta de produtos que sabia ser inúteis para si..Resolveu que sairia daquele buraco, que assim não poderia continuar a viver.
Colocou uma roupa surrada, pegou o guarda-chuva e estava disposta a enfrentar aquele tempo fechado, só para dar uma volta pelo bairro e arejar os pensamentos. A campainha tocou, só poderia ser a vizinha chata, reclamando da reforma do banheiro que fazia muito barulho e ainda causava vazamento em seu apartamento! Abriu a porta sem muito ânimo, quando deparou-se com uma criança, sorrindo, completamente molhada, por conta da chuva que aumentava lá fora.
- "Oi?"
- "Eu vim brincar com o Pedrinho!"
- "Desculpe, ele não mora mais aqui"
- "Não?!? Mas e agora? Minha mãe já foi embora, estava com pressa, tinha que me deixar aqui e ir para o trabalho!"
- "Você tá brincando comigo ne??Não é possível que sua mãe seja uma louca, que sai por ai deixando os filhos na casa dos outros assim, sem mais nem menos e.... espera..desculpe! Não foi isso que eu quis dizer..Entre, você está molhado!"
- "Obrigado" - disse o garoto limpando os olhos já cobertos de lágrimas!
Entrou em sua casa, agora o dia estava realmente perdido!Não poderia sair, não conseguia falar com a mãe do garoto, então só lhe restava deixar de lado a cara amarrada e fazer deste dia um dia melhor do que havia começado.